quinta-feira, 25 de agosto de 2011

Maria Quitéria - por

Maria Quitéria de Jesus Medeiros nasceu, possivelmente, em 1792, em arraial de São José de Itapororocas, na Bahia, mais precisamente no sítio do Licorizeiro. Sertaneja, em 1822 juntou-se às tropas que combatiam os portugueses, no movimento de Independência do Brasil. Primeiro ingressou no Corpo de Artilharia e, depois, no de Caçadores. Seu nome de guerra: soldado Medeiros. Em fins de 1822, incorporou-se ao Batalhão de Voluntários de Dom Pedro I, tornando-se,oficialmente, a primeira mulher a fazer parte de uma unidade militar no Brasil.

Em 20 de agosto de 1823, Dom Pedro I recebeu Maria Quitéria em audiência especial. Concedeu-lhe o soldo de alferes de linha e a condecoração de Cavaleiro da Ordem Imperial do Cruzeiro. Contam-se, sobre Maria Quitéria, histórias de coragem e audácia. Diz-se que tomou de assalto uma trincheira inimiga e fez prisioneiros, que conduziu sob a mira das armas. Diz-se também que usava uma farda azul com um saiote que ela concebera e um capacete com penacho. Apesar de tudo, Maria Quitéria nunca deixou de lado a feminilidade.

Após conquistar as glórias de guerreira, casou-se com Gabriel Pereira Brito e com ele teve uma filha, chamada Luísa Maria. Viúva, foi para Feira de Santana, tentar receber uma parte da herança do pai. Sua personalidade despertou a atenção da escritora inglesa Maria Graham, que sobre ela registrou: “Maria de Jesus é iletrada, mas viva. Tem inteligência clara e percepção aguda. Penso que se a educassem, ela se tornaria uma personalidade notável. Nada se observa de masculino nos seus modos, antes os possui gentis e amáveis.”

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