Animais personhentos1 - ESCORPIÕES
Os escorpiões, dentre os aracnídeos, são os que mais freqüentemente causam acidentes. Os mais comuns no Brasil são: Tytius bahiensis (escorpião preto) - fig. 1 e Tytius serrulatus (escorpião amarelo) - fig. 2.
Freqüentemente, a picada de escorpião é seguida de dor (moderada ou intensa) ou formigamento do local do acidente. Tais sintomas (dor, formigamento) podem ser tratados com analgésico ou bloqueios anestésicos locais, além de observação do surgimento de outros sintomas por, no mínimo, 6 a 12 horas, principalmente em crianças menores de 7 anos e idosos.
São sintomas de gravidade que merecem ser observados com atenção:
- Náuseas ou vômito
- Suor excessivo
- Agitação
- Tremores
- Salivação
- Aumento da freqüência cardíaca (taquicardia) e da pressão arterial,
Neste caso, procurar atendimento hospitalar o mais rápido possível, mantendo o paciente em repouso, para avaliação da necessidade de soroterapia anti-escorpiônica, levando o animal para identificação, se possível.
2 - ARANHAS
As principais aranhas causadoras de acidentes no Brasil, são a Phoneutria (armadeira), a Loxosceles (aranha marrom), a Lycosa (tarântula) e a caranguejeira. A armadeira quando surpreendida coloca-se em posição de ataque, apoiando-se nas pernas traseiras, ergue as dianteiras e procura picar. A picada causa dor imediata, inchaço local, formigamento, sudorese no local da picada. Deve-se combater a dor com analgésicos e observação rigorosa de sintomas.
A preocupação deve ser com o surgimento de vômitos, aumento da pressão arterial, dificuldade respiratória, tremores, espasmos musculares, caracterizando acidente grave. Assim, há necessidade de internação hospitalar e soroterapia.
A aranha marrom provoca menos acidentes, sendo pouco agressiva. Na hora da picada a dor é fraca e despercebida, após 12 a 24 horas, dor local com inchaço, naúseas, mal estar geral, manchas, bolhas e até necrose local. Nos casos graves, a urina fica cor de coca-cola. Orienta-se procurar atendimento médico para avaliação.
A tarântula (aranha que vive em gramados ou jardins) pode provocar pequena dor local, podendo evoluir para necrose. Utiliza-se analgésicos para tratamento da dor e não há soroterapia específica, assim como para as caranguejeiras.