O ministro dos Petróleos angolano e presidente da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (OPEP), Botelho Vasconcelos, admitiu esta terça-feira à agência Lusa, em Luanda, que a organização poderá tomar «novas medidas» se os actuais cortes na produção não resultarem na subida do preço do barril.
Segundo o presidente da OPEP, se o preço não subir quando se atingir o limite estabelecido para os actuais cortes, 4,2 milhões de barris/dia, «haverá nova reflexão e, em função da análise feita, tomar-se-ão outras medidas».
Botelho Vasconcelos estimou que «a tendência (nos preços) seja diferente» no início do segundo trimestre de 2009 porque «os cortes de 4,2 milhões de barris/dia tiveram início em Janeiro» e esse valor «ainda não foi atingido».
"A organização tem feito o acompanhamento da evolução dos preços. Passou o primeiro mês, está a decorrer o segundo e creio que os sinais positivos, que possam permitir algum conforto, poderão começar a aparecer no segundo trimestre", notou.
Referindo-se especificamente a Angola, Botelho Vasconcelos afirmou que o preço do barril de petróleo nos 75 dólares «já era muito bom», sublinhando que o preço actual, cerca de 40 dólares, «não permite levar a cabo os investimentos e os projectos, bem como manter todos os programas de aumentar as capacidades de reservas».
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