segunda-feira, 27 de setembro de 2010

português

UM DOS POEMAS DE PATATIVA DO ASSARÉ

O Peixe
Tendo por berço
o lago cristalino,
folga o peixe
a nadar todo inocente.

Medo ou receio
do porvir não sente,
pois vive incauto
do fatal destino.

Se na ponta de
um fio longo e fino
a isca avista,
ferra-a inconsciente,
ficando o pobre
peixe de repente,
preso ao anzol
do pescador ladino.

O camponês também
do nosso Estado,
ante a campanha eleitoral:
Coitado.

Daquele peixe tem
a mesma sorte.

Antes do pleito:
festa, riso e gosto.

Depois do pleito:
imposto e mais imposto…
Pobre matuto do
Sertão do Norte.

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